Um brinde aos vinhos botritizados & fortificados!

Sou o Joaldo Farias, Instrutor da Qualidade Profissional, atuante no segmento de Gastronomia, Bares e Restaurantes.

Nesta coluna vamos descobrir como diferenciar dois estilos de vinhos licorosos: Botritizados e Fortificados.

Como um bom enófilo certamente você já sabe que existem diversos estilos de vinhos.

Porém, como o universo da enologia é vasto, muitas vezes é difícil conhecer todos eles com profundidade. Especialmente os que não são tão famosos ou consumidos, como os vinhos licorosos.

Neste artigo, iremos ajudar você a entender mais sobre esse tipo de vinho, abordando as suas principais características, nobreza e belas histórias.

Bem diferentes dos vinhos tranquilos, aqueles conhecidos como vinhos de mesa, que independente do seu rótulo (velho mundo ou novo mundo), precisam e devem ser sempre acompanhados com aquela comidinha, ou aquele belisquete, que claro, harmonize de acordo com seu estilo.

Quanto aos vinhos licorosos, conhecidos como vinhos generosos, precisaremos entender detalhes importantes quanto ao seu estilo e suas características peculiares.  

Receita & Curiosidade

Todos os vinhos fortificados são licorosos sim, mas, nem todo os vinhos licorosos são fortificados!

Claro, estamos diante de grandes desafios ou de uma aventura gigantesca.

Como aquelas Naus carregadas de barricas de vinhos portugueses, tentando cruzar os mares até a velha Inglaterra.  

Com certeza já viu aquele grito: “Soltem as velas!!!” Pois naquela viagem foi: “Não temos outro jeito comandante (Sommelier), a não ser adicionar aguardente junto aos vinhos!”

Que brilhante!! Não sabiam eles que estavam dando inicio ao mais diferente e belo estilo de vinho: o vinho fortificado e, porque não dizer, o Vinho do Porto!

Mas, e o vinho licoroso que não é fortificado?

Bom, nesse caso, nossos aplausos são para um certo padre, lá na região de Sauternes...

Atrasando sua viagem para  benzer algumas vinhas, entrou em cena o bendito Botrytis cinerea.

Aquele que durante uma neblina costumava invadir os vinhedos e picar as belas castas, retirando todo o suco contido no bago, deixando as mesmas como podre.

E, é claro, quem iria saber que esse fungo iria nos propiciar o mais generoso vinho licoroso natural, conhecido por poucos como ‘vinho de colheita tardia’ ou ‘podridão nobre’, ou ainda, para os mais clássicos, ‘vinhos de Sauternes’!

Ah, antes que me esqueça: diferente dos vinhos tranquilos, eles harmonizam com qualquer comida, e melhor: desde à entrada até a sobremesa.

Um brinde!

 

 

Joaldo Farias

Instrutor de Hotelaria SENAC e Maitre exclusivo de hotel.

Técnico em enologia e consultor técnico de bares e restaurantes.

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